domingo, 24 de julho de 2011

Vermelhão plagiado... 24-07-2011

CRÓNICA DO JORNALISTA JOÃO RUI RODRIGUES:

Na época passada, numa das suas sempre cirúrgicas intervenções públicas, Pinto da Costa não perdeu a oportunidade de dar mais uma alfinetada no velho rival questionando se teria sido descoberto petróleo na capital, tal era o investimento que o Benfica estava a fazer no reforço do plantel às ordens de Jorge Jesus. Um ano depois, é legítimo questionar se, desta feita, o ouro negro terá sido descoberto na Invicta, já que a primeira investida – sim, porque não vão ficar por aqui – dos dragões no mercado foi absolutamente avassaladora e despesista como não é costume para os lados dos atuais campeões nacionais. Mesmo com a astronómica transferência de André Villas-Boas para o Chelsea por 15 milhões de euros, o FC Porto está a gastar como nunca e de forma pouco habitual.
   

Somente em três miúdos como Iturbe, Alex Sandro e Danilo a SAD portista investiu 33(!) milhões de euros e apenas o argentino vai integrar de imediato o plantel agora comandado por Vítor Pereira. O ex-jogador do Cerro Porteño é, sem dúvida, um dos jovens capazes de gerar mais expectativa no futebol português nos últimos anos, mas a transferência para a Europa estava longe de ser fácil. O passe do jogador estava repartido e o avançado corria, inclusive, o risco de ficar sem jogar devido a um conflito de federações entre Argentina e Paraguai. O FC Porto investiu forte e comprou apenas 60% do passe, gastando 8 milhões. No entanto, dificilmente esta forte aposta não trará retorno futuro.
 

Mais difíceis de entender são os investimentos em Alex Sandro e Danilo, ambos pretendidos pelo Benfica, que se veria ultrapassado pelo facto de os dragões subirem sempre a parada, tentando garantir os jogadores a qualquer preço. O lateral-esquerdo nunca conseguiu tirar a titularidade ao veterano Léo no Santos e parece também condenado a ser suplente no Dragão, já que Alvaro Pereira é intocável. Entretanto, gastaram-se 9,5 milhões por um jovem de 20 anos que chegará apenas em janeiro, para estar no banco e que custou quase tanto como, imagine-se, Hulk. Mais despesista foi ainda a aquisição de Danilo, cujo preço de mercado há dois meses era de 6,4 milhões mas pelo qual os portistas pagaram mais 10 milhões aproximadamente – 13 milhões para o Santos, 2 milhões a empresários e 1 milhão para o jogador, a pagar durante os anos de contrato por mais um reforço que só chegará em 2012 e que nada irá acrescentar agora ao plantel. O investimento foi de tal maneira desmesurado que o caminho passará por vender parte do passe de Danilo a investidores.


Mas este súbito poderio económico não se revela apenas nas contratações. ASAD portista tem também resistido a vender os seus melhores jogadores – embora parece impossível que os consiga manter a todos – batendo recordes financeiros para o conseguir. Falcão aceitou renovar contrato com os dragões e subir a cláusula de rescisão de 30 para 45 milhões, mas para isso Pinto da Costa teve de abrir os cordões à bolsa e dar um aumento significativo ao colombiano, que dos cerca de 700 mil euros anuais que auferia passou para 2,5 milhões limpos por época. "Apenas" o salário mais alto de sempre do futebol português e que equivale a uma despesa total de quase 5 milhões por ano aos cofres portistas só com um jogador.


Fica registado...


Saudações Desportivas

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